Data: 11-06-2012
Criterio:
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Eryngium eurycephalum é uma espécie ocorrente em campos úmidos e rupestres associados ao domínio do Cerrado. ?Apesar de apresentar uma distribuição geográfica relativamente ampla, abrangendo parte dos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso, E. eurycephalum está sujeita a um marcado declínio na extensão e qualidade do seu habitat em boa parte da Cadeia do Espinhaço, onde ocorre. Devido a isso, suspeita-se que a espécie venha a ser ameaçada no futuro.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Eryngium eurycephalum Malme;
Família: Apiaceae
Descrita em Ark. Bot. 3(13): 12. 1904.
Ocorre no Mato Grosso e Minas Gerais (Fiaschi, com. pess.); entre 1.250-2.000 m de altitude (Stannard; Zappi, 1995; CNCFlora, 2011).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área original e menos de 100.000 km²de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5%de sua floresta original. Dez por cento da cobertura florestal remanescente foiperdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis emvigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentesforam reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastanteseparados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas(criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. Asprincipais causas imediatas da perda de habitat são: a sobrexplotação dos recursosflorestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploraçãoda terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios dogoverno brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam asuperprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foiespecialmente severa nas últimas três décadas; 11.650 km² de florestas foramperdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda dehábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração delenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais einvasão por espécies exóticas (Tabarelli etal., 2005).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão deespécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. Apartir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantiosconvencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de25 ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000 km² do Cerrado correspondem a áreasabandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de130 ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens éprejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtivados ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmentelimpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinisminutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de250.000 km² - uma área equivalente ao Estado de São Paulo) está degradada esustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas,invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Rara" na Lista de espécies ameaçadas de extinção da flora do Paraná (SEMA/GTZ, 1995).
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Parque Natural do Caraça, Catas Altas - MG; PARNA Caparaó, Alto Caparaó - ES; P. E. Itacolomi, Ouro Preto - MG; PARNA Itatiaia, Itatiaia - RJ (CNCFlora, 2011).
- P. FIASCHI; M. R. COTA. Eryngium eurycephalum in Eryngium (Apiaceae) in Lista de espécies da Flora do Brasil., Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB102503>. Acesso em: 21/05/2012.
- B. L. STANNARD; D. ZAPPI. Umbelliferae. In: STANNARD, B.L.; HARVEY, Y.B.; HARLEY, R.M. Flora do Pico das Almas, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Royal Botanic Gardens (KEW), p.619-620, 1995.
- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.
- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.
- KLINK, C.A.; MACHADO, R.B. A conservação do Cerrado brasileiro., Megadiversidade, p.147-155, 2005.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.
CNCFlora. Eryngium eurycephalum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Eryngium eurycephalum
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 11/06/2012 - 18:12:02